A Hannover Messe’22, considerada a maior feira de indústria do mundo, contou com Portugal como parceiro para este ano com o slogan “Portugal faz sentido”. A Feira começou a 30 de maio e terminou no dia 02 de junho, com a maior presença portuguesa de sempre.
Já na sessão “A caminho de Hannover”, no dia 14 de maio no INL – International Iberian Nanotechnology Laboratory, onde a Flow Technology se apresentou como participante no evento, o primeiro-ministro António Costa fazia as suas previsões para a presença portuguesa na Hannover Messe.
“O futuro da indústria depende da nossa capacidade para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades da dupla transição verde e digital. A pandemia de covid-19, primeiro, e a terrível guerra desencadeada pela Rússia contra a Ucrânia, agora, mostraram-nos que não há outra escolha a não ser acelerarmos esta dupla transição”.
O primeiro-ministro dirigiu-se, assim, aos empresários e afirmou que, na feira de Hannover, poderão conhecer o “dinâmico ecossistema digital” português, assim como as suas “tecnologias de produção mais inovadoras”.
Já o ministro da economia, António Costa Silva no arranque da feira destacou que “a presença das empresas portuguesas na Hannover pode ser transformadora”. “Temos nesta sala o que de melhor se faz em Portugal em múltiplos setores de atividade. Não tenho dúvida que a reindustrialização do país, do seu poder produtivo vai passar por aqui… Se acreditarmos no nosso potencial, podemos mudar o futuro”.
No evento estiveram 109 empresas portuguesas, e houve a visita de vários elementos do governo, entre eles o primeiro-ministro António Costa, o ministro da Economia, António Costa Silva, e a ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Elvira Fortunato.
Estas 109 empresas representaram a atividade portuguesa nas áreas de soluções de engenharia, de energia e ecossistemas digitais, com incidência sobre os setores dos equipamentos e da metalomecânica, mobilidade, setores automóvel e aeronáutico, automação e robótica, têxteis e plásticos técnicos, moldes, tecnologias de produção e energias renováveis.
Portugal e Alemanha, uma dupla com futuro
Ao longo da feira o chanceler Olaf Scholz e o primeiro-ministro António Costa caminharam, lado a lado, na sua inauguração.
Olaf Scholz não poupou elogios ao percurso nacional, dizendo que Portugal “tem escrito uma história de sucesso económico impressionantes” e que é um parceiro “interessante” no hidrogénio verde.
Em declarações à agência Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, dá uma notória importância à presença portuguesa na Hannover Messe, ao declarar que esta presença pode “reverter a favor” das relações luso-alemãs “nos próximos anos”.
“Vão-se tecendo, a todos os níveis, relações de proximidade, de confiança e de conhecimento mútuo que eu creio que podem reverter a favor das nossas relações nos próximos anos”
Luís Castro Henriques, presidente da AICEP, apontou para mais de cinco mil os contactos estabelecidos pelas 109 empresas portuguesas representadas na feira com potenciais novos clientes. A notoriedade de Portugal “esteve muito para além do evento, chegou a todo o lado na Alemanha”… a minha expectativa é que possa render mais de 100 milhões de euros de investimentos em Portugal no próximo ano a ano e meio“.
Já António Costa considerou que a presença portuguesa na feira “irá seguramente alavancar o aumento e o crescimento das exportações portuguesas“, relembrando que o governo objetiva que, nesta década, as exportações nacionais passem a representar “mais de 50% do produto interno bruto do país“.
“… esta semana, em Hannover, a grande tónica tem sido – porque é que faz sentido trabalhar em Portugal, com Portugal e com empresas portuguesas. A nossa expectativa é que isso reverta não só para estas empresas, mas também para as outras da indústria portuguesa“, revelou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros espera que esta experiência tenha “aberto os olhos” às empresas alemãs sobre “toda a potencialidade de Portugal que era “insuficientemente reconhecida“.
O contributo da indústria portuguesa no mundo
Foram vários os setores da indústria que passaram pela Hannover Messe, de entre os quais se destacaram a energia e o hidrogénio que receberam os holofotes da feira fruto da crise energética no topo da atualidade. Portugal foi representado por várias empresas que apresentarem propostas na área energética, e em particular nas energias limpas, como foi o caso da EDP, GALP e Fusion Fuel.
Já no âmbito do hidrogénio, Portugal tem como objetivos futuros a produção massiva de hidrogénio em ilhas eólicas offshore no meio do mar.
Para António Costa Silva, “no eólico offshore vamos ter um grande projeto e uma produção massiva com ilhas artificiais afastadas da costa e ligadas à produção de hidrogénio“, pelo que “as grandes quantidades de hidrogénio necessárias no futuro serão importantes e nós temos no eólico offshore uma oportunidade de as produzir“.
Reforçou ainda que com a construção do grande pólo de hidrogénio em Sines haverá uma ligação aos parceiros alemães fortemente empenhados na transição energética como paradigma de viragem.
A Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, completou que o investimento em energias renováveis, como o hidrogénio, é essencial para cumprir a neutralidade carbónica em 2050 e “para que possamos transitar para uma economia descarbonizada, nomeadamente a descarbonização do setor da indústria, dos transportes pesados e de toda a rede de gás natural”. Termina a sua intervenção ao sublinhar que é necessário “apoiar novos produtos, novos serviços, novas oportunidades para a ciência e para a economia, novas sinergias que proporcionam um quadro sólido para todos os promotores com projetos em curso ou numa fase inicial”, dando o remate final para as relações entre Portugal e a Alemanha.
A Flow Technology na Hannover Messe
Foram quatro dias intensos, onde a Flow Technology teve oportunidade de revelar, na maior feira de indústria do mundo, de que forma pode apoiar as empresas na sua transformação digital.
Assista ao discurso de Miguel Fernandes, General Manager da Flow Technology, na sessão “A caminho de Hannover” sobre o percurso da empresa e o seu impacto na indústria.
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