Fonte País Positivo | Fotos País Positivo | Data de Publicação Agosto 2025
Fundada em 2008, a Foodintech nasceu da vontade de responder aos desafios crescentes da indústria agroalimentar. O embrião do projeto remonta a 2004, através do programa Neotec, que visava o desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor. O objetivo era claro: criar um software que permitisse o controlo total da produção, abrangendo diversas dimensões como qualidade, segurança alimentar, custeio, rastreabilidade e gestão eficiente da operação. Desde então, o percurso da empresa tem sido pautado por uma trajetória de crescimento sustentado, assente numa lógica colaborativa.
“Este software tem agora década e meia de desenvolvimento colaborativo com mais de 120 clientes da Agroindústria entre outros setores”, destaca MIGUEL FERNANDES,
CEO da Foodintech, acrescentando que “hoje somos líderes em software MES (Manufacturing Execution System) no setor Agroindustrial.”
UMA EQUIPA JOVEM, MULTIDISCIPLINAR E ESTRUTURADA
Atualmente, a Foodintech conta com 31 colaboradores, estando a sua estrutura interna dividida em quatro departamentos fundamentais: comercial, implementação (composto por engenheiros funcionais), suporte e desenvolvimento. Este último é responsável pela evolução do FLOW M, a principal ferramenta tecnológica da empresa, e pelas respetivas
camadas de integração.
O “CORAÇÃO” DA SOLUÇÃO TECNOLÓGICA: FLOW M
O software FLOW M opera com base numa lógica modular e adaptável, assente na ideia de que uma indústria pode ser representada numa estrutura de processos tendo como base o seu fluxograma de atividades. “Basicamente, é como se dividíssemos uma fábrica em pequenas fábricas. O FLOW M digitaliza todos os momentos da cadeia produtiva – desde a receção da matéria-prima até à expedição – passando pela produção, embalamento,
montagem de encomendas (picking) e expedição.” Explica o CEO da empresa.
Apesar de ser usado por diferentes setores industriais, o código da aplicação é o mesmo. Miguel Fernandes sublinha que, “o que fazem é parametrizar a aplicação de acordo com as necessidades de cada uma das indústrias, uma vez que este tipo de abordagem permite adaptar a solução a qualquer dimensão da indústria, seja ela mais manual ou mais automatizada.”

A IMPLEMENTAÇÃO DA DIGITALIZAÇÃO É MUITO MAIS DO QUE INSTALAR TECNOLOGIA
Na base da implementação do FLOW M está um processo robusto de consultoria. Segundo o responsável pela Foodintech, “um processo de implementação do FLOW
M são 70% consultadoria e 30% tecnologia. Sendo que a equipa que lidera essa implementação é composta por engenheiros funcionais – como engenheiros alimentares
ou industriais – que dominam as três áreas essenciais: a tecnologia, os processos produtivos do cliente e o protocolo de implementação do sistema. Este software tenta ‘casar’ fluxos de produção, informação, pessoas, processos, equipamentos, entre outros fatores num ecossistema integrado.” Explica.
Acrescentando que: “o desafio não está na nossa tecnologia, nem na sua capacidade de integrar máquinas, balanças ou outros softwares; o desafio está na capacidade e vontade do cliente em assumir este processo de transformação digital. A maturidade digital de cada organização torna-se, assim, um fator determinante para o sucesso da implementação. Os clientes que percebem o valor da informação em tempo real, o valor de um sistema integrado de informação do seu ecossistema produtivo, apresentam processos de implementação mais curtos e completos”, observa o CEO.
TRANSFORMAÇÕES REAIS, IMPACTOS VISÍVEIS
Questionado sobre o impacto que o FLOW M gera nas empresas, Miguel Fernandes não hesita em esclarecer que um dos fatores-chave é a ambição do cliente, explicando que existem organizações com equipas de engenharia altamente proativas, que exploram a aplicação ao mais alto nível, contribuindo ativamente para o seu desenvolvimento contínuo. Salienta também que se está a falar de indústrias que têm as suas ‘personalidades’, as suas culturas e dinâmicas próprias. E que por isso, apesar de haver um processo-padrão de implementação, há uma necessidade constante de adaptação à realidade de cada cliente.
O objetivo último é permitir um controlo produtivo completo e integrado. “Quando harmonizamos tecnologia, pessoas e procedimentos, atingimos a dinâmica perfeita para tirarmos partido e valor dessa tecnologia e da informação de gestão que produz”, garante.
“Quando harmonizamos tecnologia, pessoas e procedimentos, atingimos a dinâmica perfeita para tirarmos partido e valor dessa tecnologia e da informação de gestão que produz”
Entre as vantagens mais referidas estão a obtenção de dados de gestão em tempo real – como stocks ou rastreabilidade – considerados essenciais para a tomada de decisão industrial. “Estamos a falar de indústrias que muitas vezes ganham cêntimos nas suas unidades comerciais de venda de produto. Medir isto é capital. É simples: aquilo que não se consegue medir, não se consegue gerir. E para melhorar, temos que mudar,” explica.
AS NOVAS REGRAS DA INDÚSTRIA NA ERA DA DIGITALIZAÇÃO
O responsável da Foodintech é unânime em afirmar que o paradigma industrial mudou radicalmente. “Antigamente, montava-se uma fábrica com as máquinas e com a tecnologia existente e aquela fábrica era viável economicamente durante décadas. Hoje, isso desapareceu. Aquilo que eu sei hoje, pode ser mentira amanhã.” Sendo que os sistemas de informação devem ser capazes de garantir flexibilidade e rapidez de resposta num mundo cada mais imprevisível e dinâmico.
A Foodintech continua movida por uma visão estratégica clara, porque acreditamos que um Portugal forte depende de uma indústria forte.
Depois de quase 20 anos de existência, a Foodintech continua movida por uma visão estratégica clara, porque “acreditamos que um Portugal forte depende de uma indústria forte. Por isso, trabalhamos com a convicção de que a tecnologia pode (e deve) ser uma aliada fundamental na melhoria da produtividade e competitividade das empresas nacionais. Acreditamos que para gerir é preciso medir, e que para melhorar é preciso mudar. E é com base nestes princípios que o FLOW M continua a evoluir.
