Fonte Revista TecnoAlimentar | Fotos Montiqueijo | Data de Publicação 2º semestre 2024
A Montiqueijo – Queijos de Montemuro, fundada em 1963 pelos pais Carlos e Ludovina Duarte, da actual CEO da empresa, na região saloia, é hoje uma referência nacional na produção de queijo fresco, requeijão e queijo curado. Dina Duarte fala-nos sobre a empresa e o impacto da implementação do Flow – o software da Foodintech.
TECNOALIMENTAR: Fale-nos da Montiqueijo. Como surgiu a empresa? Quais os vossos produtos e onde os podemos encontrar?
DINA DUARTE: A Montiqueijo – Queijos de Montemuro, fundada em 1963 pelos meus pais, Carlos e Ludovina Duarte, na região saloia, é hoje uma referência nacional na produção de queijo fresco, requeijão e queijo curado. Em 1999, foi criada a Agroleite, localizada em Canha, no Montijo, uma empresa dedicada à produção de leite que conta atualmente com mais de 1500 animais. Juntas, estas duas empresas formam o Grupo Montiqueijo, fazendo da Montiqueijo a única marca do setor com um ciclo produtivo totalmente integrado. Produzimos os cereais que alimentam os nossos animais, criamos e cuidamos das vacas, recolhemos e controlamos a qualidade do leite, que é a matéria-prima dos nossos queijos, e asseguramos o embalamento do produto final. Em 1998, a Montiqueijo foi pioneira ao retirar o cincho dos seus queijos, o que resultou numa redução significativa do uso de plástico, evitando o consumo de 40 a 60 toneladas de plástico por ano. Mantendo o compromisso ambiental, em 2019 reduzimos em 30% o plástico nas embalagens, tornando-as mais finas. Fomos também a primeira empresa do setor a instalar um sistema fotovoltaico para autoconsumo, alcançando 15% de autossuficiência energética. Com os 628 painéis solares instalados, conseguimos produzir 146 toneladas de queijo utilizando apenas energia solar, reduzindo significativamente as emissões de dióxido de carbono. Ao longo da nossa trajetória, recebemos vários prémios e certificações, com destaque para os Prémios Sabor do Ano (2018, 2019 e 2020), a certificação IFS Food desde 2018, o prémio Intermarché Produção Nacional em 2017 e o Prémio Nacional da Agricultura também em 2017. No âmbito da responsabilidade social, fomos distinguidos com os Prémios APEE: Produção e Consumo Sustentáveis (2019), o Prémio Comunidade (2020), o Prémio Redução de Impactes na categoria Ambiente (2022), novamente o Prémio Comunidade em 2023 e o Prémio Trabalho Digno em 2024.
Os nossos produtos estão disponíveis em supermercados, hipermercados e lojas de comércio local e tradicional, e também podem ser encomendados diretamente à Montiqueijo.
TA: Porque decidiram implementar o software da Foodintech?
DN: A Montiqueijo decidiu implementar o software da Foodintech para melhorar vários aspetos operacionais e estratégicos da nossa produção. Como trabalhamos com produtos perecíveis, a eficiência e a redução de desperdícios são fundamentais, e a Foodintech ofereceu-nos as ferramentas certas para otimizar os nossos processos. A automação que o sistema trouxe eliminou erros manuais e aumentou a fiabilidade dos dados, permitindo uma operação mais eficiente e produtiva. Outro benefício importante é o controlo e a visibilidade em tempo real de todo o processo produtivo. Através do sistema da Foodintech, conseguimos monitorizar cada etapa da produção, desde a receção do leite até ao embalamento dos nossos queijos, garantindo uma rastreabilidade completa e a conformidade com todas as normas de segurança alimentar.
« A Montiqueijo decidiu implementar o software da Foodintech para melhorar vários aspetos operacionais e estratégicos da nossa produção.»
Além disso, o software possibilita uma análise detalhada dos nossos processos, fornecendo insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas. Implementação do sistema foi uma decisão que reforçou o nosso compromisso com a qualidade, eficiência e segurança dos nossos produtos, e a parceria com a Foodintech tem sido crucial para o nosso sucesso neste caminho de digitalização.
TA: Quais eram para vocês os must-have desta tecnologia?
DN: Para a Montiqueijo, era essencial que o software oferecesse uma integração perfeita com os sistemas já existentes, como o ERP e CRM, para garantir uma operação harmoniosa. A usabilidade foi outro ponto crítico, pois precisávamos de uma interface intuitiva que facilitasse a adoção e formação das equipas, permitindo uma transição rápida e eficaz. Uma outra exigência importante foi a capacidade de relatórios e análise de dados. A Montiqueijo precisava de uma solução que permitisse gerar relatórios detalhados e acompanhar os principais indicadores de desempenho em tempo real, para suportar decisões estratégicasbaseadas em dados concretos.
« A usabilidade foi outro ponto crítico, pois precisávamos de uma interface intuitiva que facilitasse a adoção e formação das equipas, permitindo uma transição rápida e eficaz.»
Também demos muita importância à rastreabilidade, crucial para garantir a segurança alimentar e a conformidade ao longo de toda a cadeia de produção. Finalmente, a flexibilidade e escalabilidade da solução foram aspetos chave, assegurando que o sistema se ajustasse ao crescimento futuro da empresa e às mudanças do mercado. A solução da Foodintech respondeu a todos estes requisitos e tornou-se um elemento central no nosso processo produtivo.
TA: Que evolução têm sentido nos vossos processos industriais? E que resultados salientam a partir da implementação do Flow Manufacturing?
DN: Desde a implementação do Flow Manufacturing, temos assistido a melhorias significativas nos nossos processos industriais. Um dos maiores benefícios foi a redução de erros operacionais. A automação e integração de processos permitiram otimizar o fluxo de trabalho, reduzindo falhas e tornando a operação mais eficiente.
A qualidade dos produtos também aumentou consideravelmente. Com maior controlo em todas as fases da produção, conseguimos garantir uma taxa de rejeição muito mais baixa, assegurando que os nossos queijos chegam aos clientes com os padrões de qualidade mais elevados.
Além disso, o melhor planeamento foi outro resultado importante. Com acesso a dados em tempo real, conseguimos ajustar a produção de acordo com as necessidades do mercado, tornando a operação mais ágil e responsiva. Estes avanços não só melhoraram a nossa produtividade, como também contribuíram para uma maior satisfação dos clientes, que agora beneficiam de tempos de entrega mais curtos e de uma qualidade consistente.
« Um dos maiores benefícios foi a redução de erros operacionais. A automação e integração de processos permitiram otimizar o fluxo de trabalho, reduzindo falhas e tornando a operação mais eficiente.»
A colaboração com a Foodintech permitiu-nos atingir estes resultados e, sem dúvida, tem sido um parceiro estratégico na nossa evolução tecnológica e industrial.
TA: Que conselhos daria a uma PME que esteja agora a planear investir num Manufacturing Executions System como o Flow Manufacturing?
DN: Para uma PME que esteja a planear investir num Manufacturing Execution System (MES), como o Flow Manufacturing, o nosso conselho baseia-se na experiência da Montiqueijo com a implementação desta tecnologia.
Avaliação de Necessidades: É fundamental fazer uma análise detalhada das necessidades da sua empresa e identificar os principais desafios que pretende resolver. Definir objetivos claros desde o início, como melhorar a eficiência, rastreabilidade ou redução de erros, ajudará a orientar todo o processo de implementação.
Planeamento e Orçamento: Elabore um plano de implementação detalhado e defina um orçamento realista. Tenha em conta os custos de licenças, formação da equipa e manutenção contínua. O investimento inicial pode ser significativo, mas o retorno a medio razo justifica-o.
Escolha do Fornecedor: Escolher o fornecedor certo é essencial para o sucesso. Trabalhar com um parceiro experiente, como a Foodintech, que compreende as necessidades implementação sem falhas.
Formação da Equipa: Invista na formação dos colaboradores para garantir que todos estão preparados para tirar o máximo proveito da nova tecnologia. Uma equipa bem capacitada facilita a transição e assegura uma adoção mais rápida do sistema. Implementação Gradual: Recomendamos uma abordagem faseada. Implementar o sistema de forma gradual, começando por áreas ou processos menos complexos, permite ajustar e resolver problemas antes de expandir para toda a operação. Com estes passos, uma PME estará mais bem posicionada para maximizar os benefícios de um MES como o Flow Manufacturing e alcançar resultados positivos de forma eficiente e segura.
TA: Por onde deve começar uma empresa que não tenha muito mais do que um ERP, um website e talvez um excel?
DN: Para uma empresa que ainda só utiliza um ERP, um website e algumas folhas de Excel, sugerimos que comece por fazer um mapeamento dos processos atuais. Identificar as áreas mais ineficientes ou com maior margem de melhoria ajudará a perceber onde um MES pode ter o maior impacto.
Depois, defina objetivos claros sobre o que deseja alcançar, como aumentar a rastreabilidade ou a eficiência. Aconselhamos a começar com funcionalidades simples, como relatórios e ferramentas de rastreamento, antes de avançar para integrações mais sofisticadas. A formação da equipa desde o início também é crucial, assegurando que os colaboradores compreendem não só a nova tecnologia, mas também as melhores práticas de produção. Trabalhar com parceiros especializados, como a Foodintech, pode acelerar este processo e garantir uma implementação eficaz e ajustada às necessidades específicas da empresa. Com estes passos, uma empresa pode começar a sua transformação digital de forma estruturada e eficaz, beneficiando das vantagens que um MES oferece.
Inicie a Transformação Digital e aumente a competitividade do seu negócio industrial com um MES
Uma das formas mais fáceis de iniciar a Transformação Digital da sua empresa e aumentar a competitividade é através da adoção de um software MES – Manufacturing Execution System, como o Flow Manufacturing.
O Flow Manufacturing é um sistema de gestão industrial e qualidade que permite o controlo de todas as fases do processo industrial (Desenho, Planeamento e Execução). É um software MES (Manufacturing Execution System) que possibilita o rastreio e evita o desperdício de matéria-prima e recursos, desta maneira, aumenta a produtividade. Além disso, conseguirá medir exatamente quais os recursos gastos ao longo de todo o processo produtivo, ajudando a melhorar a sustentabilidade da produção.
Com um MES (Manufacturing Execution System), a recolha e integração de todos os dados é automática e eficaz, interligando a informação desde o chão de fábrica até ao armazém. Permite o controlo, em tempo real, dos custos de produção dos mais variados produtos.
O Flow Manufacturing é adaptável a diversos contextos industriais e está, atualmente, a funcionar em várias indústrias: química (Mistolin), agro-alimentar (Pascoal, Lugrade, Queijos Santiago, Tété, A Poveira, etc.), têxtil (ETEXBA), metalúrgica (Lacovale), ouriversaria (Flamingo), entre outras. Conheça todos os nossos clientes.
Solicite uma demonstração e descubra como o Flow pode transformar a sua unidade industrial.