A utilização cada vez mais sofisticada das tecnologias de informação tem vindo a transformar os sistemas produtivos e as próprias empresas, como incremento na utilização de software de gestão de processos (ERP – Enterprise Resource Planning, SCM – Supply Chain Management, MES – Manufacturing Execution Systems) para aumentar a produtividade, a flexibilidade produtiva e a diversidade de produtos, e reduzir os custos de produção.
Estes sistemas de produção “digitais”, desde o chão de fábrica (MES) até ao sistema integrado de gestão (ERP), utilizam as potencialidades da Internet das Coisas (IoT) para permitir otimizar a qualidade dos produtos fabricados (por exemplo, na análise e deteção de problemas no processo produtivo), melhorar as relações externas das empresas (por exemplo, com a redução de erros no fluxo documental), reduzir tempos de paragem (por exemplo, proporcionando a manutenção preditiva), reduzir custos de produção (por exemplo, com uma gestão mais eficiente do fluxo produtivo, otimização energética, menor taxa de produtos defeituosos) e uma gestão operacional, em qualquer local, através de soluções móveis (smartphones, tablets, Laptops), utilizando serviços de computação na nuvem (serviços cloud).
Como iniciar a Transformação Digital na Produção?
Ao trabalhar com os sistemas de automação existentes, as empresas do setor agroalimentar devem procurar reduzir o número de “ilhas de equipamentos autónomos”, reunindo idealmente todas as bolsas de automação numa única interface. Por outro lado, é sempre mais adequado usar protocolos de comunicação abertos (por exemplo, o protocolo I/O Link) para se evitar ficar preso a padrões proprietários que podem limitar as opções mais tarde.
Um sistema de gestão de operações de produção (MES – Manufacturing Execution Systems) pode ajudar a consolidar a automação fragmentada e é geralmente adaptado para acomodar novos requisitos à medida que o negócio cresce, desde o controle da receita/fórmula básica até à rastreabilidade de ingredientes na produção, ou para a otimização da eficiência operacional do equipamento. A utilização de um software MES, como o Flow Manufacturing, possibilita utilizar todas essas informações para planear e controlar a produção em tempo real, por exemplo, detetando ou prevendo eventos não planeados e gerando resposta automática ou ações de otimização com base nos dados analisados.
No setor agroalimentar, os recursos tecnológicos que proporcionam a rastreabilidade e as ligações dinâmicas com os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) criam transparência e possibilitam a aplicação de análises de dados para otimizar o planeamento da cadeia de valor de ponta a ponta. Esta transparência é determinante para o mercado e para o consumidor e para os restantes players da cadeia de valor, tendo em conta que o setor agroalimentar tem que melhorar continuamente a rastreabilidade das matérias primas, assegurar o cumprimento das normas da segurança alimentar e procurar o equilíbrio entre a personalização, a sustentabilidade ambiental e a qualidade/preço.
Para digitalizar a cadeia valor, não é suficiente conectar sistemas, mas antes conseguir atingir uma verdadeira sincronização, com sistemas totalmente integrados (MES, ERP e sensores), tanto dentro da produção como com fatores externos. Estes fatores externos podem ser as alterações do mercado consumidor, ou eventualmente, possíveis restrições nos fornecimentos ou eventos globais como, por exemplo, as pandemias. Para isso, as empresas produtivas terão que desenvolver sistemas totalmente integrados (MES, ERP e sensores), modificando a visão tradicional e compartimentada da cadeia de valor clássica.
Guia para a Economia Digital no Setor Agroalimentar
As empresas produtivas estão cada vez mais atentas à Economia Digital e nem sempre encontram o percurso ideal para empreender a sua transformação digital. As empresas de menor dimensão precisam de abordagens criteriosas, aferindo o risco envolvido e encontrando os parceiros e os fornecedores de tecnologia adequados à sua realidade.
Como iniciar a Economia Digital no Setor Agroalimentar: o passo a passo
1 – Definição dos Benefícios e Proveitos
Projetos de digitalização geralmente envolvem a aquisição de novas tecnologias,
ou a adaptação de tecnologias existentes, conectadas com sistemas de gestão de equipamentos e gestão de processos para os otimizar de forma completa. As receitas e fórmulas dos produtos devem ser geridos de forma eletrónica, eliminando os que têm suporte documental físico na produção. As novas ideias para novos modelos de negócio ou ideias para incrementar os negócios existentes serão despoletadas ao longo do processo de digitalização. É, portanto, imperativo definir e especificar os benefícios a alcançar, quer para a empresa, quer sobretudo para o consumidor. Só com esta especificação completa, desde o início, será possível aferir o sucesso deste processo.
2 – Trabalhe com parceiros experientes
As empresas produtivas reconhecem que existe o saber teórico e o saber empírico, e geralmente a experiência prática suplanta a teoria. A teoria da transformação digital é fascinante e todos os anos existem novas abordagens e dissertações, mas conseguir um parceiro experiente, com um percurso comprovado de sucessos de implementação concretos em empresas do setor agroalimentar, é essencial. Assim, as empresas devem procurar especialistas com know-how específico em TI e automação na indústria agroalimentar. Visitar uma empresa de referência geralmente é benéfico, pois a máxima “as empresas aprendem com as empresas”, continua a verificar-se.
3 – Comece de forma gradual
É aconselhado começar em algumas áreas específicas da empresa, e posteriormente, expandir de forma gradual, pois assim é possível ir fazendo ajustes e adaptações sem comprometer todo o processo produtivo. Como exemplos de pontos de partida, as estações de trabalho em lote ou separação, que podem abarcar projetos-piloto orientados, desde o início, para determinados processos e desafios. As tecnologias implementadas nestes pilotos devem estar perfeitamente adaptadas à sua aplicação, mas também devem ser fáceis de usar, pois isso garante que os recursos internos acompanham o ritmo e que não existe sobrecarga na tecnologia existente ou no trabalho dos colaboradores. O desenvolvimento tecnológico move-se tão rápido que uma abordagem gradual é necessária. Uma boa maneira de começar é investir numa plataforma preparada para o futuro e que pode ser expandida à medida que vão acontecendo avanços no desenvolvimento tecnológico.
4- Siga os standards do setor
As tecnologias digitais estão sempre a evoluir, mas a confirmação da sua aplicabilidade não evolui ao mesmo ritmo e, por vezes, existem detalhes na sua aplicação industrial que se revelam barreiras elevadas para a sua utilização. Para se obter uma implementação rápida de novas soluções digitais, não é conveniente experimentar muito. Sempre que possível conte com tecnologias standard e, incrementalmente, complemente-as com algumas inovações já testadas. Não siga apenas tendências, mas práticas comprovadas, pois geralmente não é compensador ser o primeiro a usar uma nova tecnologia. Por exemplo, a tecnologia blockchain pode oferecer um grande potencial para a indústria de alimentos, mas ainda não existem implementações completas em grande escala no setor.
5 – Qualifique a sua equipa
Certifique-se de que os colaboradores apresentam qualificações adequadas para a digitalização ou promova a sua capacitação para o uso de ferramentas da indústria digital. A análise de dados e o domínio das tecnologias de informação serão competências determinantes em todos os departamentos. A Economia Digital traz alterações para todas as principais funções na empresa.
6 – Compromisso com o Digital
O compromisso com a transformação digital tem que partir da gestão de topo, mas é uma questão colaborativa e todos os departamentos relevantes, sobretudo o das tecnologias de informação, devem ser envolvidos o mais cedo possível. Trata-se de uma transformação estrategicamente importante, exigente e que pretende provocar a mudança na organização para estabelecer melhores processos, aumentar potencial de vendas ou mesmo criar um novo modelo de negócio.
Poderá fazer download do “Guia Informativo: Economia Digital no Setor Agroalimentar” aqui.
Entre na Economia Digital com o Flow Manufacturing
O Flow Manufacturing é um sistema de gestão industrial e qualidade que permite o controlo de todas as fases do processo industrial (Desenho, Planeamento e Execução). É um software MES (Manufacturing Execution System) e possibilita o rastreio e evita o desperdício de matéria-prima e recursos, desta maneira, aumenta a produtividade.
Com esta tecnologia, a recolha e integração de todos os dados é automática e eficaz, interligando a informação desde o chão de fábrica até ao armazém. Permite o controlo, em tempo real, dos custos de produção dos mais variados produtos.
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