A indústria está de novo no foco das atenções. Ao atravessar a 4ª revolução industrial, é um dos setores que está a sofrer algumas das maiores mudanças dos últimos 100 anos. A revolução industrial que estamos agora a viver, muitas vezes conhecida como Indústria 4.0, está a ser potenciada pela inteligência artificial, robótica e a Internet of Things (IoT). Espera-se que até 2020, sejam investidos 267 mil milhões de dólares em IoT apenas na indústria (Boston Consulting Group). Conheça abaixo algumas das principais tendências que estão a moldar a indústria e a criar verdadeiras fábricas do futuro.
5 Tendências da Indústria do Futuro
1- Visão 360º e Realidade Virtual
Estão a surgir novas ferramentas que permitem que as empresas criem e testem diversas situações no mundo virtual, como a simulação do processo de conceção de um produto e de toda a linha de produção antes do produto ser, de facto, criado. A simulação numa fase tão precoce do processo de vida do produto ajuda a diminuir o tempo alocado à produção e assegura que o processo de fabrico resulta exatamente no produto final que as empresas esperam.
A realidade virtual poderá também ser estendida a áreas como o suporte remoto, permitindo que várias pessoas em diferentes locais do mundo partilhem a mesma visão do problema e trabalhem na sua solução em conjunto, em tempo real. Isto vai permitir que um engenheiro na China consiga cooperar com um engenheiro nos Estados Unidos da América para resolver o mesmo problema técnico e consigam obter feedback simultaneamente através de óculos de Realidade Aumentada, reduzindo significantemente os custos de transporte.
2 – Impressão 3D
Uma das tendências mais faladas na indústria e que irá revolucionar completamente o setor é a impressão 3D. Esta tendência permite a criação perfeita de produtos tangíveis usando uma única máquina. Isto traz uma mudança fundamental, uma vez que permite muito mais possibilidades no modo como se desenha alguma parte do produto. Por exemplo, para um determinado produto que normalmente necessitaria de seis peças, a impressão 3D permite que o produto seja desenhado apenas uma vez, numa única peça, sem necessitar de processos adicionais como soldagem ou aparafusar diferentes partes. Assim, a impressão 3D permite reduzir os desperdícios e o tempo de produção e de transporte. O seu impacto na produção em massa será enorme, permitindo avanços na produção de grande variedade de produtos, desde brinquedos a ferramentas médicas.
3 – Automatização da produção
A automatização é outra peça fundamental da indústria do futuro. A automatização de processos permite uma precisão e produtividade que nunca seriam possíveis se os mesmos processos fossem feitos de forma manual. A nova geração de robots é muito mais fácil de programar e também de usar, com capacidades como reconhecimento de imagem e de voz para recriar tarefas tipicamente desempenhadas por humanos.
4 – Fábricas inteligentes na cloud
Além da robótica e da realidade virtual, os ambientes industriais estão também a sofrer alterações relacionadas com os sensores inteligentes e com o cloud computing. Os sensores inteligentes conseguem desempenhar tarefas como converter dados em diferentes unidades de medida, comunicar com outras máquinas, fornecer estatísticas e feedback ou desempenhar funções como desligar dispositivos automaticamente. As funcionalidades IoT permitem rastrear e analisar quotas de produção, bem como criar modelos de manutenção preditiva. A IoT permite que os gestores tenham a informação certa, no momento certo, para que consigam tomar decisões informadas e factuais.
5 – Robótica
Construir um setor industrial melhor utilizando realidade virtual e aumentada, robótica e análise de dados através de equipamentos inteligentes levanta outra importante questão: como será a força de trabalho no futuro?
A maior parte da automatização é utilizada para o trabalho que seria considerado inseguro ou impossível para os humanos. Isso faz com que os robots sejam um complemento, e não um substituto para os trabalhadores humanos. É esta interação máquina-humano que irá permitir o aumento da produção. Continuarão a ser precisas pessoas que consigam gerir novas operações, gerir os robots, programa-los e mantê-los. Os trabalhos vão continuar a existir, apenas vão ser diferentes dos que existiam anteriormente.